«Eu compreendo que tenho de passar por isto, mas
aquela pessoa escusava de me ter feito tal coisa.»
Ou…
«Eu sei que tenho de me desapegar mas aquela pessoa
escusava de ter feito assim.»
Ou…
«Ele escusava de ter sido tão bruto.»
Ou…
«Escusavam de ter sido tão drásticos.»
«… tão rápidos.»
«…tão desagradáveis.»
«…tão vergonhosos.»
«…tão tristes.»
Eu sei que adoravas aprender as tuas lições de vida de
uma forma simples, agradável e colorida, como nos livros
da escola.
Acontece que a vida não é assim.
Já sabes que tens de aprender, já sabes que são os outros
que te dão as lições, mas continuas a querer que sejam lições
gentis. Lições suaves.
Tenho uma coisa para te dizer.
O Universo até pode ser suave. Até pode ser gentil.
Pode não ser bruto, drástico, rápido, desagradável, vergonhoso
ou triste.
Pode não ser nada disto, se aprendesses as lições à primeira.
Na primeira vez que o Universo vos tenta mostrar as
coisas, ele é suave. É gentil.
Mas raramente vocês percebem. A matéria é pesada e
densa. Vocês são pesados e densos. Qualquer sinal suave
passa completamente despercebido.
Vocês recebem o sinal e, como se de uma brisa se tratasse,
continuam alegremente a passos largos em direcção ao
precipício.
E aí o Universo tem de se apressar. Tem de subir a parada.
Tem de baixar a frequência. Tem de ficar mais pesado.
Tudo depende da vossa resistência.
Quanto mais força fazem para continuar com uma situação
que não vos devolve a vossa energia original, mais força
o Universo tem de fazer para vos obrigar a voltar para
casa. Para o vosso caminho. Onde, indubitavelmente, está
o vosso destino e a vossa criação.
Por isso: sempre que pensares que algo na tua vida foi
drástico demais, pensa em quão desgostoso está o Universo
por ter tido que descer da sua subtileza para te dar uma
lição.
Pensa em quão resistente és e em como custa voltares a
vibrar na tua energia.
E, em último caso, pensa em quão distante me vais tornando
da tua vida, de cada vez que te recusas a aprender
logo à primeira tentativa.
E como fico triste com isso.
JESUS
