O verdadeiro sentido da evolução não está na tristeza.
Não está no sofrimento, nem na alegria, nem na abundância, nem na restrição.
O verdadeiro sentido da evolução não está em nenhuma descrição simplista das emoções humanas.
O verdadeiro sentido da evolução está na evolução em si.
E, como a evolução não tem forma, não tem verbo, não existe com formato fechado de matéria, não é percebida pela maior parte das pessoas.
O verdadeiro sentido da evolução é o que é e é quando é.
Não a podemos delimitar num espaço de tempo, nem numa abertura de conceito.
Não a podemos rotular do que quer que seja.
O que podemos é, e isso sim, definir conceitos que deverão ser trabalhados para atingir o verdadeiro sentido da evolução.
E esses conceitos a trabalhar têm nome, podem ser medidos, podem ser verbalizados e são muito reais.
A tristeza é um deles. Sempre que eu me encontrar verdadeiramente triste, encontrei um conceito a ser trabalhado.
E triste por quê?
Porque a raiva não pode ser trabalhada no sentido de se alcançar a evolução. A tristeza, sim.
O ódio não pode ser trabalhado no sentido de se alcançar a evolução. A tristeza, sim.
A culpa não pode ser trabalhada no sentido de se alcançar a evolução. A tristeza, sim.
Então o que você tem que fazer? Transformar tudo em tristeza.
A raiva normalmente é dirigida a uma pessoa ou a uma coisa.
Se compreender que ninguém lhe faz nada, que tudo o que acontece na sua vida é da sua inteira responsabilidade, e, em última análise, que é você que atrai cada uma das experiências da sua vida para entrar em contato com a tristeza que ela lhe provoca, e assim poder desfazer o bloqueio emocional que traz de outras vidas e que vulgarmente é chamado de karma.
Se perceber essas leis fundamentais, irá perceber que tanto a raiva como o ódio e a culpa são emoções básicas que costumamos focar no outro para não termos que encarar a própria tristeza.
A partir daí, dessa consciência, transforme a raiva, o ódio e a culpa em tristeza pura. Pura tristeza, sem mais nada.
Aí, sim, você começou a alcançar o verdadeiro sentido da evolução.
A tristeza pura é mágica, é alquímica, muda a vida e muda as pessoas.
A tristeza toca no fundo do nó kármico, e liberta-o.
A tristeza pura, a que já se libertou da raiva, do medo, da violência, da densidade, essa pureza de sentimento que é a tristeza, é o que realmente liberta. Depois da tristeza, tudo parece diferente.
Depois de uma pessoa vivenciar a maior dor que pode suportar, ela está livre. Não terá mais medo da dor. Não vai sentir mais raiva, pois a raiva é uma forma de fugir da dor que provoca a tristeza.
Não terá mais ódio, pois o ódio é uma forma de fugir da tristeza.
Não terá mais medo, culpa, inveja, solidão, ansiedade.
Não terá mais nada, a não ser tristeza.
E, pela teoria dos opostos, depois da restrição, se esta for vivida convenientemente, vem a abundância.
Depois da tristeza, vem a paz, a alegria, a felicidade.
Aprenda.
Não tem que correr atrás da tristeza. Seja alegre sempre que puder.
Mas se o seu peito estiver ferido, dolorido, se tiver uma pressão, um simples rasgo, aí, então, pare tudo.
E seja qual for a forma que essa dor toma —, porque, para te defender da dor, o seu ego vai fazer você crer que os outros é que lhe fizeram mal, ou, em última análise, que você é que se fez mal -, viva-a.
Nesse momento, pare tudo.
Só fique triste. Esqueça os outros, esqueça o que eles ou você deveriam ter feito.
Só fique triste.
Só fique triste.
Ficando triste, você aceita a libertação, aceita a dor, aceita
a vida como ela é.
Aceita a realidade.
Aceita a evolução.
JESUS
